moinhos de vento
2007
Adoro estes gigantes do meu tempo, bem maiores do que os gigantes de Quixote, mas também, os tempos são outros...
Estes gigantes de vento que não moem cereais mas que alimentam outras bocas, projectam no perfil das serras e montes a sua elegância com os seus corpos esguios e sofisticados que encantam com o movimento de preguiça das suas pás girando devagar na velocidade dos campos que os rodeiam. Aos seus pés somos tão pequenos. E o compasso vagaroso das suas hélices é como que o bater de um coração enorme ao pé do nosso qual coração de colibri saltitando de admiração e espanto.
Adoro estes gigantes do meu tempo que me acompanham nas viagens da minha vida e que vão preenchendo as paisagens que percorro fazendo-me sentir acompanhado, compreendido, porque sei que não estou só na minha busca.
As escovas do pára-brisas voltam ao seu movimento de vai e vem afastando a chuva que cai. Ligo o rádio e um gigante precipita-se a cantar propositadamente para complementar aquele momento numa calma e plenitude bucólica, num momento perfeito. Johnny Cash, anuncia na rádio o locutor...
Nunca estamos sós.
Estes gigantes de vento que não moem cereais mas que alimentam outras bocas, projectam no perfil das serras e montes a sua elegância com os seus corpos esguios e sofisticados que encantam com o movimento de preguiça das suas pás girando devagar na velocidade dos campos que os rodeiam. Aos seus pés somos tão pequenos. E o compasso vagaroso das suas hélices é como que o bater de um coração enorme ao pé do nosso qual coração de colibri saltitando de admiração e espanto.
Adoro estes gigantes do meu tempo que me acompanham nas viagens da minha vida e que vão preenchendo as paisagens que percorro fazendo-me sentir acompanhado, compreendido, porque sei que não estou só na minha busca.
As escovas do pára-brisas voltam ao seu movimento de vai e vem afastando a chuva que cai. Ligo o rádio e um gigante precipita-se a cantar propositadamente para complementar aquele momento numa calma e plenitude bucólica, num momento perfeito. Johnny Cash, anuncia na rádio o locutor...
Nunca estamos sós.
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