música máquina do tempo
2007
A máquina do tempo está nas recordações que a música cria nas nossas mentes. A máquina do tempo é a própria música que ouvimos vezes sem conta ao longo dos anos e que vai criando mundos de retalhos de sonhos aos quais misturamos a nossa própria vida.
Quando ouvimos uma música antiga recordamos... Recordamos coisas diferentes, de épocas diferentes. Recordamos pedaços de sonhos, imagens, férias numa praia onde a bandeira era sempre verde, noites no campo silencioso e assustador, tardes que nunca vivemos na sala enorme de uma casa antiga, tardes que passámos num lugar ao sol sobranceiro aos caminhos de ferro que rasgavam os eucaliptos, fotografias de cores esbatidas, carros que passam no escuro da noite arrastando dentro de si um velho leitor de cassetes de botões gastos com uma pequenina luz amarela. Uma pequena luz amarela que transportamos nos olhos atrás do volante. E as luzes amarelas que guiam á frente o destino, passam num instante quando deixamos de estar ao volante para estarmos afinal atrás de uma cortina na janela de uma velha casa na curva que o carro fez ainda agora ali atrás. A janela de um pequeno quarto onde sempre dormimos desde pequenos e que é agora o leito de um velho.
Quando ouvimos uma música antiga recordamos. Passam-nos à frente dos olhos rasgos de felicidade e gargalhadas dissolvidas em funerais e tristeza. Sorrisos e alegria tudo dissolvido na nostalgia do tempo. Quando ouvimos uma das muitas músicas da banda sonora da nossa vida, passa-nos à frente dos olhos tudo aquilo que nos marcou. E às vezes não passam de coisas tão simples. São tantas vezes, somente pequenos confortos, pequenas imagens, cheiros e expressões no rosto de alguém.
A música é a máquina do tempo que não queremos ver. Não queremos ver porque nos mostra que estamos velhos ou que não estamos completamente sãos. Não queremos ver porque é absurdo. Não queremos ver porque não conseguimos, limitados pela nossa imaginação rindo-nos dos outros perante a nossa cegueira. Por isso vos disse tantas vezes que este meu mundo não é o vosso. É apenas um mundo pequenino onde habita ainda uma criança.
Quando ouvimos uma música antiga recordamos... Recordamos coisas diferentes, de épocas diferentes. Recordamos pedaços de sonhos, imagens, férias numa praia onde a bandeira era sempre verde, noites no campo silencioso e assustador, tardes que nunca vivemos na sala enorme de uma casa antiga, tardes que passámos num lugar ao sol sobranceiro aos caminhos de ferro que rasgavam os eucaliptos, fotografias de cores esbatidas, carros que passam no escuro da noite arrastando dentro de si um velho leitor de cassetes de botões gastos com uma pequenina luz amarela. Uma pequena luz amarela que transportamos nos olhos atrás do volante. E as luzes amarelas que guiam á frente o destino, passam num instante quando deixamos de estar ao volante para estarmos afinal atrás de uma cortina na janela de uma velha casa na curva que o carro fez ainda agora ali atrás. A janela de um pequeno quarto onde sempre dormimos desde pequenos e que é agora o leito de um velho.
Quando ouvimos uma música antiga recordamos. Passam-nos à frente dos olhos rasgos de felicidade e gargalhadas dissolvidas em funerais e tristeza. Sorrisos e alegria tudo dissolvido na nostalgia do tempo. Quando ouvimos uma das muitas músicas da banda sonora da nossa vida, passa-nos à frente dos olhos tudo aquilo que nos marcou. E às vezes não passam de coisas tão simples. São tantas vezes, somente pequenos confortos, pequenas imagens, cheiros e expressões no rosto de alguém.
A música é a máquina do tempo que não queremos ver. Não queremos ver porque nos mostra que estamos velhos ou que não estamos completamente sãos. Não queremos ver porque é absurdo. Não queremos ver porque não conseguimos, limitados pela nossa imaginação rindo-nos dos outros perante a nossa cegueira. Por isso vos disse tantas vezes que este meu mundo não é o vosso. É apenas um mundo pequenino onde habita ainda uma criança.
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