Dói-me avulso o cansaço dos olhos
2012
Solta-se a vontade de correr as ruas da cidade como se a revolta fosse real. O inconformismo assalta-me o pensamento vezes sem conta, eu sei... Sei que poderia fazer tanta coisa que não faço. Nada corrijo, nada mudo no quotidiano adormecido. Os desejos de revolta assaltam-me noite dentro, madrugada fora sem ninguém saber. Só eu e o outro que habita em mim. Aliás, acho que é o outro que me espicaça o sangue. Eu apenas desejo um sossego extremo... Um descanso deste cansaço enorme.
Dói-me avulso o cansaço dos olhos. Uma agonia matinal típica de calão cujo emprego começa sempre tarde e a más horas. Dói-me avulso o cansaço dos olhos mas porque não dormem. Apenas eu durmo, quatro horas por noite, nunca mais de cinco. E enquanto isso, os meus olhos continuam acordados, a ver o que sonho quando dá tempo para sonhar, o que é raro. E depois claro, este cansaço natural de quem já deve horas à vida.
Dói-me avulso a voz e não me apetece falar com ninguém, não que fale muito agora, que não falo, já lá vão os tempos de tertúlia e de conversas apaixonadas com as paixões da altura em cafés fora de mão e das vistas. Tudo isso já lá ficou atrás. Agora, hoje em dia, dói-me avulso a voz, mas mais os olhos.
Dói-me avulso o cansaço dos olhos. Uma agonia matinal típica de calão cujo emprego começa sempre tarde e a más horas. Dói-me avulso o cansaço dos olhos mas porque não dormem. Apenas eu durmo, quatro horas por noite, nunca mais de cinco. E enquanto isso, os meus olhos continuam acordados, a ver o que sonho quando dá tempo para sonhar, o que é raro. E depois claro, este cansaço natural de quem já deve horas à vida.
Dói-me avulso a voz e não me apetece falar com ninguém, não que fale muito agora, que não falo, já lá vão os tempos de tertúlia e de conversas apaixonadas com as paixões da altura em cafés fora de mão e das vistas. Tudo isso já lá ficou atrás. Agora, hoje em dia, dói-me avulso a voz, mas mais os olhos.
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