tabula rasa

t a b u l a r a s a | A l t e r E g o | d e I m p r o v i s o

...deImproviso

a vida é um improviso constante.

b l o g
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T a b u l a R a s a P l a y e r

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improviso 28

Quem conhece quem? Nunca conhecemos ninguém.
A desilusão é o prato forte dos nossos dias.

Corre o rio sem mais nada se não paz.
As planícies de outrora, que já não são as mesmas,
Continuam exactamente iguais dentro de mim,
Exactamente iguais, como este rapaz cá dentro,
Como este rapaz que é incapaz de partir,
Incapaz de me abandonar à vida,
Incapaz de me deixar sem ninguém que compreenda,
Sem ninguém que me compreenda esta planície,
Esta paisagem que corre dentro de mim lá fora...

Perdido na planície,
Lanço do fundo do rio sobranceiro
Um grito na esperança de um sorriso,
Um grito na esperança de entendimento,
Um grito abafado pelos anos
Que encontre o sorriso não sei de quem,
Que me diga não sei o quê,
Que me afague o cabelo não sei como,
E me adormeça sob o seu olhar terno
E me diga: nada... Numa história de embalar,
E me diga com um perfil doce, maternal,
Que chegou o momento de conhecer, de amar.
Grito ao vento cerrando os olhos, os punhos,
Mas aprisiona-se no nó da garganta
O por favor que quero pedir e nada sai,
Nada se ouve,
Porque não existe ninguém para ouvir...
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