improviso 31
2007
Estendem-se as marés em braços de água, terra dentro na sonolência dos séculos. Morremos várias vidas para nos encontrarmos neste presente cheio de uma história que não conhecemos da escola mas que sentimos nas paredes dos monumentos que visitamos com as mãos dadas apenas na vontade.
Não sabemos as saudades que os outros têm, mas a avaliar pelas nossas, que são imensas, podemos sentir a sede e a fome de dizer qualquer coisa que mostre o nosso interior, que mostre o que sentimos sem conseguir definir sequer o que está cá dentro e que não sai porque a incompreensão o tornou numa iguaria que comemos sozinhos no terraço de uma casa grande e vazia – as iguarias são
boas se as pudermos partilhar.
Não sei se me lembro
Dela que sei quem é,
Mas que não sei quem foi
Para mim noutro tempo...
Não sei se me lembro
De quem ao certo sou,
Mas que não recordo
Quem ao certo fui...
Para ti;
Para o mundo que aqui
Reconheço por vezes...
E que com estas saudades em mim,
Me retribui.
Não sabemos as saudades que os outros têm, mas a avaliar pelas nossas, que são imensas, podemos sentir a sede e a fome de dizer qualquer coisa que mostre o nosso interior, que mostre o que sentimos sem conseguir definir sequer o que está cá dentro e que não sai porque a incompreensão o tornou numa iguaria que comemos sozinhos no terraço de uma casa grande e vazia – as iguarias são
boas se as pudermos partilhar.
Não sei se me lembro
Dela que sei quem é,
Mas que não sei quem foi
Para mim noutro tempo...
Não sei se me lembro
De quem ao certo sou,
Mas que não recordo
Quem ao certo fui...
Para ti;
Para o mundo que aqui
Reconheço por vezes...
E que com estas saudades em mim,
Me retribui.
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