improviso 29
2007
Ai meu tio, meu parente. Ramo diferente da minha família cujo sangue é o mesmo, cuja ascendência se reflecte da mesma forma neste olhar triste e melancólico de quem tem um actor cá dentro, que se reflecte da mesma forma nas gargalhadas e patetices que os outros encanta, que se reflecte no sorriso emoldurado pelos olhos tristes de quem tem tanto para oferecer ao mundo por sentir tanto que existe no mundo. Ai meu tio, meu poeta, és parte de uma única coisa que não sei explicar mas da qual também eu sou uma parte. Meu parente, irmão do meu sentir, os nossos olhos não enganam pois, mesmo quando fazemos comédia é drama que gostamos de representar. Mesmo quando fazemos rir, sabemos onde está a força máxima deste casulo a que chamamos vida...
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