ZON...
2010
No outro dia fui à loja da ZON, a antiga TVCabo, mas agora de cara lavada e perfume barato a disfarçar o suor. Dizia eu, fui à loja da ZON, senha de apoio ao cliente, 30 números à minha frente, tive logo vontade de me vir embora, mas isto hoje em dia, quem não chora não mama, e eu como qualquer português da classe média (nome pomposo que usam hoje em dia para o povo dando a impressão que vivemos muita bem), gosto de mamar. Não é bem mamar, é mais poupar em certas coisas já que a “classe média” não conseguindo fugir aos impostos, tem de carregar esse fardo às costas todos os meses. De maneira que poupamos no que podemos tentando manter o nível igual ao vizinho do lado e aos colegas de trabalho, no meu caso, lá da obra, se bem que eu até vivo muita bem comparando com os imigrantes que lá temos agora, que vivem ao magote num apartamento no Carregado e que só têm uma parabólica; népia de internet.
Depois de uma espera mais ou menos, lá fui atendido. Rapariga muito saudável e simpática. Lá chorei o que tinha a chorar e no meio da choradeira, uma pérola caiu do céu ali mesmo ao lado. Do balcão de atendimento à esquerda do meu, oiço a seguinte pergunta:
-Então e a senhora em sua casa, para além do serviço de televisão tem também internet?
-Aaaa.. internet?... Não... - Disse a senhora ao meu lado lentamente como se a palavra “não” fosse longa e difícil de articular. - Quer dizer, - continuou ela articulando lentamente as palavras, - internet tenho mas no MAGALHÃES! O computador da minha filha; da escola... O meu computador, mesmo, teve um problema com o vírus ou o que é e agora dizem que não convém ligar à internet.
Pumba. Soco no estômago, vontade de rir à bruta, não podia porque dava mau aspecto, ri-me para dentro até criar ar como se estivesse num sítio finório e travasse um peido mesmo à porta até enrolar para dentro. Sabem como é, não é?
Convém não ligar à internet? Questionei eu só para mim continuando a olhar em frente. “Agora não convém” disse ela como se se tratasse do colesterol muito alto e agora não pudesse abusar dos fritos. Magalhães? Eh pá... Nem consigo dizer mais nada. É a ZON, assim como podia ser a MEO ou outra merda qualquer... Mas não era a mesma coisa.
Depois de uma espera mais ou menos, lá fui atendido. Rapariga muito saudável e simpática. Lá chorei o que tinha a chorar e no meio da choradeira, uma pérola caiu do céu ali mesmo ao lado. Do balcão de atendimento à esquerda do meu, oiço a seguinte pergunta:
-Então e a senhora em sua casa, para além do serviço de televisão tem também internet?
-Aaaa.. internet?... Não... - Disse a senhora ao meu lado lentamente como se a palavra “não” fosse longa e difícil de articular. - Quer dizer, - continuou ela articulando lentamente as palavras, - internet tenho mas no MAGALHÃES! O computador da minha filha; da escola... O meu computador, mesmo, teve um problema com o vírus ou o que é e agora dizem que não convém ligar à internet.
Pumba. Soco no estômago, vontade de rir à bruta, não podia porque dava mau aspecto, ri-me para dentro até criar ar como se estivesse num sítio finório e travasse um peido mesmo à porta até enrolar para dentro. Sabem como é, não é?
Convém não ligar à internet? Questionei eu só para mim continuando a olhar em frente. “Agora não convém” disse ela como se se tratasse do colesterol muito alto e agora não pudesse abusar dos fritos. Magalhães? Eh pá... Nem consigo dizer mais nada. É a ZON, assim como podia ser a MEO ou outra merda qualquer... Mas não era a mesma coisa.
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